A Biblioteca de Alexandria é conhecida por ser uma das maiores bibliotecas da humanidade e a mais importante do mundo antigo. Esteve em funcionamento por cerca de 600 anos.
Ficava localizada na cidade de Alexandria, Egito Antigo, cidade idealizada e construída em 331 a.C. por Alexandre Magno, também conhecido como Alexandre, o Grande.
Foi construída no início do século. III a.C., idealizada por Ptolomeu I Soter, fundador da dinastia Ptolomaica, e foi concluída por seu sucessor Ptolomeu II Filadelfo.
A biblioteca fazia parte de um museu que era um grande centro de estudos que incluía salas de leitura, teatros para conferências, salas de reunião, sala de jantar comunitária, laboratórios, zoológico e um jardim botânico.
Apogeu da Biblioteca
A Biblioteca de Alexandria tinha como objetivo preservar todo o conhecimento, histórico, cultural e científico da humanidade. Sempre que um navio chegava ao porto de Alexandria, era inspecionado em busca de documentos. Os copistas copiavam todos os documentos e livros que encontravam. Somente após essa inspeção, o navio podia prosseguir viagem.
Além do trabalho dos copistas, o acervo da biblioteca era alimentado com o trabalho de tradutores e pela compra de obras. A biblioteca cresceu de tal forma que se tornou uma das maiores e mais importantes do mundo. Chegando a possuir o maior acervo da Antiguidade em ciência e cultura, com mais de 500 mil rolos de papiro.
O poeta Calímaco, que trabalhou como bibliotecário, criou o primeiro catálogo de biblioteca em ordem alfabética. Esse catálogo ficou conhecido como Pinakes.
Ptolomeu II Filadelfo chegou a fundar uma biblioteca subsidiária, no Serapeu de Alexandria, para servir como biblioteca pública já que a biblioteca principal era destinada aos estudiosos.
Alguns dos estudiosos mais importantes da humanidade passaram por ela, como Arquimedes, Ptolomeu, Hipátia, Euclides de Alexandria, Hiparco, Apolônio de Rodes, Eratóstenes de Cirene, Aristófanes de Bizâncio, Zenódoto de Éfeso, Apolônio, Kidas, e Aristarco de Samotrácia, entre outros.
Destruição e Perda do Acervo
Apesar de sua enorme importância para a humanidade, infelizmente a Biblioteca de Alexandria foi destruída. Não há um consenso de como isso ocorreu ou quem foi que ordenou a sua destruição. Há apenas algumas teorias.
Acredita-se que a destruição ocorreu aos poucos, entre o século I a.C e o século IV a.C., com incêndios, saques e até um terremoto em 365 a.C. O terremoto abalou parte da estrutura e cerca de 40.000 rolos foram levados para a biblioteca do Serapeu de Alexandria. Parte das obras que sobreviveram, chegam aos dias atuais por causa dessa transferência.
Em 273 a.C ., Alexandria foi capturada pelo imperador romano Aureliano, esse fato também influenciou no fim da biblioteca.
Com todos esses eventos, grande parte do acervo foi destruído. O que gerou uma grande perda para a história e a cultura da humanidade. Muitas obras importantes foram perdidas, como, as obras de Sófocles, que escreveu cerca de 123 obras, mas apenas 7 sobreviveram, incluindo Édipo Rei e Antígona.
A Nova Biblioteca de Alexandria
Em 2002, o governo do Egito, em colaboração com a UNESCO, reconstruiu a Biblioteca de Alexandria. Embora não tenha a mesma magnitude da biblioteca antiga, ela é de grande importância para o Egito e para o mundo. Hoje abriga acervos das civilizações antigas de Alexandria e do Egito e possui a maior coleção digital de manuscritos históricos.
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